Recife e Região Metropolitana
Bar da Fava
Poucos sabem onde fica o Mania de Comer. Criado há 19 anos, ganhou fama entre os frequentadores e virou o conhecido Bar da Fava. Na época, seria um restaurante especializado em frutos do mar, mas por ser ter sido fundado no auge da cólera, a proprietária Judite Marques resolveu arriscar a receita de fava ensinada pelo pai. Foi sucesso na hora. Hoje, o bar tem um vasto cardápio tendo o ingrediente como base. As principais opções são caldinho, petisco e pratos. Dentre os principais, os clientes podem escolher entre os tamanhos executivos, para duas ou três pessoas, e grande, servindo quatro comensais. À escolha, o tipo de proteína que virá como acompanhamento - carne de sol, galinha de cabidela, carne de sol de filé, picanha, porco, bode guisado.
Endereço: rua Padre Oliveira Rolin, 37A, Jardim Beira Rio, Pina. Funcionamento: segunda das 11h às 18h; terça a sexta das 11h à 0h; sábado das 11h até o último cliente; domingo das 11h às 19h. Cartão: todos. Tíquetes: todos os eletrônicos. Informações: 3463.8998 e 3467.8780
Bar da Geralda
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Foto: Igo Bione |
Sob a bênção de Nossa Senhora Imaculada da Conceição, Geralda Cardoso tempera a melhor galinha de cabidela do Morro da Conceição. O estabelecimento que leva seu nome, administrado por ela e pelo marido Romildo Paulino, funciona desde 1998, dentro da casa da família - que está ficando cada dia com menos espaço para permanecer morando ali, já que o bar ganha popularidade e recebe todas as tribos: da vizinhança a políticos, da turma que trabalha pelos bairros nos arredores a jornalistas, artistas. O ponto, simples, virou cult e a visita não está completa se não tiver cabidela acompanhada de pão francês para molhar na "graxa" do ensopado. O molho à base de sangue da ave é ao mesmo tempo suave e marcado. O segredo para se chegar a esse equilíbrio, a cozinheira não revela. Diz só que é o "amor da Geralda". A gente acredita, porque o prato é delicioso.
Menos trivial, o sarapatel de galinha é feito com os miúdos separados das aves que foram usadas no preparo da versão de cabidela, ou seja, não compra o ingrediente congelado, separa tudo na hora. Ainda tem fava, bife acebolado, marisco de coco, arrumadinho de charque e de carne de sol.
Endereço: Praça do Morro da Conceição, 486, Casa Amarela - em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Funcionamento: terça a quinta das 10h às 21h e de sexta a domingo das 10h às 23h. Cartões: todos. Tíquetes: todos de papel. Informações: 3442.1382
Bar do Brilhozinho
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Foto: Andréa Rêgo Barros |
Conhecer o Amaro Francisco é quase impossível. Já o Brilhozinho é inevitável. Há cerca de 40 anos trabalhando no ramo da gastronomia, Seu Brilhozinho tem o orgulho de dizer que 20 deles são como dono do próprio negócio - um pequeno restaurante encrustado num corredor de casas com espaço para passagem de uma pessoa por vez. Comanda com a esposa o espaço com seis mesas e só serve frutos do mar. Se enaltece para dizer que só vende camarão Villa Fanca e bacalhau tipo Porto. Ainda "conta vantagem" enfatizando a presença no cardápio de pitu e ova de peixe. Dentre todas essas opções, a mais famosa é o peixe frito acocorado. Uma grande posta de arabaiana é frita e colocada sobre molho de coco com verduras e ovos. O peixe ainda vem acompanhado por espesso pirão.
Endereço: av. Domingos Ferreira, 2218, Boa Viagem (próximo a padaria Azul Mar). Funcionamento: 9h às 18h. Aceita cheque. Informações: 3463.6127
Bar do Cabo
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Fogo: Igo Bione |
A casa começou em 1981 nesse bairro que ficou conhecido pela vocação pesqueira com Gilberto Oliveira. Desde 2002, no entanto, com o falecimento de Gilberto, quem assumiu a casa foi a filha do comerciante, Natália, uma verdadeira personalidade na vizinhança. No estabelecimento simples em uma das vielas de Brasília Teimosa, ela solta pedidos de uma clientela quase 100% de fora do bairro. Gente que vai em busca do tempero de babar dessa cozinheira que recebe os visitantes com sorrisão e suas boas histórias. O arroz de polvo é disparado o campeão de vendas e, sem medo de exagerar, um dos mais saborosos da Capital pernambucana. A porção serve quatro pessoas e generosamente combina o molusco com cenoura, tomate e pimentão picadinhos. Das mãos de Natália ainda rendem camarão na cerveja loira, peixada, peixe frito e lagosta - essa apenas sob encomenda.
Endereço: rua Nanuque, 37, Brasília Teimosa. Funcionamento: terça a domingo das 11h às 16h. Informações: 8873.0451
Bar do Geraldo

Geraldo Lima coleciona 43 anos bem trabalhados na área de gastronomia. Desses, 32 à frente do Bar do Geraldo tanto como
chef de cozinha como proprietário. No cardápio, há 20 tipos de pratos da culinária regional. Alguns destaques são o omelete com recheios de charque, carne, bacalhau, camarão ou misto, a dobradinha e a galinha de cabidela. Os clientes podem escolher entre três tamanhos de prato - para uma, duas ou três pessoas - que acompanham batata frita, arroz, feijão, salada verde e maionese.
Endereço: rua da Piedade, 107, Santo Amaro. Funcionamento: segunda a sábado das 11h às 17h. Cartões: Visa, Master, Hiper. Tíquetes: Visa Vale e Ticket Restaurante. Informações: 3231.4177
Bar do Luna
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Foto: Igo Bione |
O negócio familiar, que começou em 1988 na garagem da família Luna, iniciou a trajetória com a venda de cerveja, refrigerante e tira-gostos preparados por dona Elizete para os vizinhos e amigos - que doaram mesas e cadeiras - a matriarca e dona do tempero impecável que fez a fama da boa culinária do lugar. Em 2006, o bar restaurante familiar sofreu baixa importante com o falecimento de Elizete. A filha mais nova, Cláudia, junto às cozinheiras mais antigas da cozinha do estabelecimento trataram de perpetuar o seu modo de cozinhar e garantir abastecer a clientela fiel, e aos novos clientes que chegam lá "arrastados" pelo cheiro das receitas substanciosas feitas em grandes panelas fumegantes.
No salão, sempre se encontra o próprio Seu Luna, esposo de Elizete, conhecido por ser figura peculiar que impõe algumas condições de convivência que se tornaram folclóricas, e todas verídicas, como não permitir troca de carícias mais "calientes", como se diz, nem fazer cantoria dentro da casa - que é muito simples e com mesas apinhadas, mas conta com o conforto básico do ar condicionado e banheiros limpos. Nada mais atrativo, no entanto, que o cardápio: o chambaril (mão de vaca), acompanhado de pirão, arroz e chuchu, batata, repolho, jerimum e cenoura cozidos, é um dos melhores do Recife, sem medo de errar. A carne é suculenta e a porção mais que farta. A dobradinha, a buchada e a buchadinha (petisco) também concorrem a lista de pedidos. Mais: galinha à cabidela, sarapatel e rabada.
Endereço: avenida Saldanha Marinho, 645, Ipsep. Funcionamento: quarta e quinta das 11h às 16h e sexta a domingo das 11h às 17h. Cartões: todos. Tíquete: Ticket Refeição e Visa Vale. Informações: 3339.0012
Bar da Mira

Foi por iniciativa de uma das filhas que os saborosos pratos de Dona Mira ficaram conhecidos publicamente. Assim que soube de uma feira na Praça do Derby, Aldemira Pereira de Lima juntou seus utensílios caseiros e armou uma barraca no local, com o intuito de oferecer opções regionais. Pouco tempo depois, mudou de ponto e fixou sua pequena estrutura na Praça do Entroncamento, que após alguns anos precisou ser fechada. Para acabar com a insatisfação da clientela órfã, a cozinheira decidiu aproveitar uma parte da sua casa para montar o seu próprio lugar. Hoje, o Bar da Mira tem espaço para receber 80 pessoas, e é considerado um dos ícones da gastronomia local. Entre eles, buchada, sarapatel, chambaril, rabada e dobradinha. Todas as 11 sugestões do cardápio servem duas pessoas e são acompanhadas de pirão, feijão preto e arroz.
Endereço: rua Eurico Chaves, 916, Casa Amarela. Funcionamento: todos os dias, das 12h às 18h. Informações: 3268.6241
Bar da Timbal

Restaurante simples, do tipo que fica no meio do mato, mas que reserva uma comidinha de encher a boca d'água. Essa é a melhor descrição que pode haver para o Bar da Timbal. No cardápio, nada de carne vermelha. Todas as opções compradas dentro da própria comunidade montam um leque enxuto, ao mesmo tempo variado, de peixes e frutos do mar. Mariscão, peixe frito ou no coco, camarão alho e óleo e quebradinho de caranguejo são alguns pratos servidos. Mas sem sombra de dúvidas o carro-chefe é a caranguejada de coco. O caranguejo é servido partido ao meio e sem cabeça - segundo a proprietária se cozinhar no coco a cabeça escurece. Por isso, ela retira a cabeça limpa e escova o bicho para depois cozinhar. O tempero da Dona Timbal é de lamber o prato.
Endereço: Comunidade Zé Pojuca, Casa 9, Usina Salgado, Nossa Senhora do Ó. Informações: (81) 8888.9399
Beca Bar
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Foto: Andréa Rêgo Barros |
Se arrumadinho, prato que tradicionalmente reúne feijão verde, charque ou carne de sol, vinagrete e farofa, tivesse um sinônimo, ele atenderia por Beca Bar. Há nada menos que 24 anos, o casal Lourdes Maria e Carlos Alberto Andrade, esse o próprio Beca, prepara a receita em 13 versões na vizinhança do cemitério de Santo Amaro. É um dos atrativos do populoso bairro frequentado por clientes de várias partes do Recife. Além das opções mais comuns, Lourdes, a dona do tempero, aprendeu a cozinhar aos oito anos, ainda serve a combinação com bacalhau, linguiça matuta, camarão, linguiça de carneiro, linguiça toscana, linguiça de frango, maminha e misto (com várias carnes). Disponível em dois tamanhos: inteiro, com 500g de carne, para três pessoas, e meio, com 250g, para duas. O cardápio ainda traz sanduíches (americano, bauru, hambúrguer e coalho), galinha de cabidela, ou guisada, e pirão de alho com ovo e pimenta-do-reino - uma mistura também chamada de mingau de caridade ou de cachorro).
Endereço: Rua Pedro Afonso, 326, Santo Amaro (em frente ao ginásio do Sesc). Funcionamento: segunda a sexta das 9h às 22h e sábado das 9h às 17h. Cartão: Master e Visa. Tíquete: Ticket Restaurante, Visa Vale e Vale Restaurante. Informações: 3423.9008.
Bode Dourado

Gilvanise Ferreira e José Evaldo, este mais conhecido como Cabeça Branca. Eles são os mentores do restaurante Bode Dourado, no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. Entraram na gastronomia apenas pelo desejo de serem responsáveis pelo próprio "ganha pão". Inicialmente vendiam todo tipo de comida regional, sem nenhuma especialidade, até o dia em que a proprietária resolveu preparar bodes guisados para servir na casa. No primeiro momento, o prato não foi bem aceito pelos frequentadores. Logo, Gilvanise deu um jeitinho de cozinheira e as vendas deslancharam: aós cozinhar o bode, coloca-o no forno. A carne fica tão macia que quase não oferece resistência à faca. O sucesso do prato, que virou especialidade, foi responsável pelo batismo da casa: Bode Dourado. Servido com arroz e pirão - que o cliente pode escolher se será preparado com caldo de carne, bode ou chambaril -, hoje, é a única coisa que não pode faltar no restaurante.
Endereço: rua Doutor José Maria, 217, lojas 9 e 10, Encruzilhada. Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 22h. Cartões: Visa débito, Master. Informações: 3426.2652
Cabidela da Natália
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Foto: Andréa Rêgo Barros |
Quem acha que o litoral é lugar apenas para comer peixe e frutos do mar está enganado. É na praia mais famosa de Pernambuco, Porto de Galinhas, onde está localizada a famosa Cabidela da Natália, que anteriormente funcionava em Nossa Senhora do Ó - onde o tempero da cozinheira Natália Melo já tinha clientela fiel. Juntando o funcionamento dos dois espaços já são 18 anos de restaurante. O prato típico, com galinha e sangue da própria ave, é servido em farta porção cozida vagarosamente, acompanhada de arroz, feijão, farofa de jerimum, macaxeira frita e vinagrete. Contudo, não só de cabidela vive Natália. O restaurante ainda trabalha com carnes na chapa - carne de sol, cabrito, picanha - peixada, lagosta e camarão.
Endereço: Loteamento Porto do Sol, quadra L, Praia do Cupe, Porto de Galinhas (próximo ao hotel Marupiara). Funcionamento: das 12h às 22h. Cartões: Visa, Master, Dinners. Informações: (81) 3552.2577
Caldeirada da Irene
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Foto: Igo Bione |
Em um caldeirão reúna nacos de peixe, camarão, sururu, marisco, acrescente molho de ostra, leite de coco fresco em medida generosa, cebola, tomate, vinagre, colorau. Horas depois curando no fogo está pronto o fumegante prato pernambucano chamado de caldeirada que, segundo dona Irene - criadora do boxe mais famoso de Itapissuma - o termo foi dado por ela mesma ao refogado que é um dos símbolos do Litoral Norte de Pernambuco. Ao lado da família, essa cozinheira de mais de 80 anos recebe turistas de todo o País nas instalações simples do conjunto de bares à beira do Canal de Santa Cruz e serve uma única receita. A caldeirada é vendida em porções para duas, quatro ou seis pessoas. Em dias de pico de movimento, a cozinha mínima de Irene e companhia solta cerca de 70 unidades - todas guarnecidas com arroz branco e pirão.
Endereço: Centro Comercial Doutor Jaime Ferreira do Rêgo - no pé da ponte Getúlio Vargas, a que liga Itapissuma a Itamaracá. Funcionamento: diariamente das 10h às 21h. Informações: 3548.1817
Cantinho da Paz

Maria da Paz é uma das melhores cozinheiras de receitas regionais do estado de Pernambuco. Sem exagero. Ao lado do marido Odilon mostra seu tempero há 18 anos num restaurante simples, mas bem cuidado, no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Há cinco, duplicou a proposta com a abertura de uma matriz em Gravatá, coordenada pelo filho aprendiz de cozinheiro, Henrique - que garante a boa qualidade da matéria-prima usada nos pratos de lá.
O cardápio do Cantinho é extenso, difícil escolher quando se vai pela primeira vez por lá. Valendo dica da reportagem: Roupa Velha, um charque desfiado finamente, frito com cebola a ponto de crocância, guarnecido com macaxeira frita ou cozida, feijão verde, farofa e vinagrete; Charque do Quinho, montado com corte alto de charque, decorado com cebola, cenoura, queijo coalho, farofa de jerimum, purê de macaxeira e arroz troupeiro. Mais indicações: rabada, buchada, bode guisado, fava, dobradinha, chambaril. Tudo com tempero caprichado de Da Paz, servindo geralmente duas a três pessoas. Entretanto, um dos principais destaques da mesa da cozinheira é uma sobremesa, a tradicional cartola. Só que na versão típica - queijo manteiga, banana, açúcar e canela -, ou coberta com calda espessa de chocolate ou meio a meio, a que batizou de bem casada. Pecado é não comer.
Endereços: rua Antônio Ferreira Campos, 5024, Candeias, e rua Vicente Soares, 120, Gravatá. Funcionamento: terça a sábado das 11h à meia-noite e domingo das 11h às 20h. Cartões: Visa, Master, Maestro. Informações: 3469.4359 (Candeias) e (81) 3533.2523 (Gravatá)
Casa de Noca

A combinação de macaxeira com carne de sol e/ou queijo coalho, em Olinda, tem nome e sobrenome: Casa de Noca. Uma ruela escondida no meio da Ladeira da Misericódia (a mais alta da cidade ) é o abrigo dessa nordestina, e calórica, tentação. A macaxeira, que de tão macia espapaça no prato, parece que nasceu para fazer par com a carne torradinha e o queijo crocante. A casa trabalha com este único prato, disponível em três opções, para duas, três ou cinco pessoas. O cardápio de bebidas é extremamente enxuto com um único exemplar alcoólico, a cerveja.
Endereço: rua Bertioga, 243, Sítio Histórico de Olinda. Funcionamento: 11h à meia-noite. Cartões: Hiper, Master, Visa. Informações: 3439.1040
Cozinhando Escondidinho

Rivandro França é de família de enfermeiros, encarou a carreira militar, mas se encontrou mesmo entre as panelas. Por semana, prepara sob encomenda três mil bombons de chocolate recheados com cremes de jerimum, macaxeira, queijo-do-reino, café, entre outro sabores, e recentemente vem se dedicando ao ofício de cozinheiro. Daí, abriu na própria casa, o Cozinhando Escondidinho, uma brincadeira com a localização do pequeno restaurante regional, bem escondidinho, e o prato tão apreciado pelos pernambucanos à base de purê de macaxeira. Serve menu enxutinho de versões de escondidinhos (de macaxeira, de banana-da-terra), moqueca de camarão, Mocofava (caldo de mocotó, fava, calabresa, charque, guarnecidos com arroz e vinagrete), pudim de mandioca com coco queimado. Delicadamente preparados pelo quase enfermeiro e militar. Preços convidativos.
Endereço: rua Doutor Tomé Dias, 08, Casa Amarela (passe o Mercado de Casa Amarela, pela rua Padre Lemos, entre na quarta rua à esquerda, a mesma da Facipe. A numeração desse trecho é invertida, vai do número maior para o menor; chegue ao 8, um corredor de residências onde fica o restaurante). Funcionamento: quinta a domingo, das 11h às 15h, e em qualquer dia da semana com reserva. Informações: 9669.3924 e 8618.6781
Encanto Nordestino
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Foto: Andréa Rêgo Barros |
A paixão pela gastronomia foi o motivo pelo qual o casal Maurícia e Marcelo Aniceto abriram o Encanto. Esse amor é percebido no cardápio regional repleto de sopas e tapiocas com tempero caseiro e delicioso. Entre os caldos, destaque para os tradicionais canja e feijão, que dividem espaço com versões de jerimum com charque, alho-poró e o cremoso macaxeira com charque. Sempre servidos em porções de250ml e 500ml. As tapiocas são capítulo à parte e esbanjam sabor. Os 25 sabores ganham destaque quando servidos com o bordado. Esse diferencial é o que deixa a receita imperdível: é uma capa dourada de queijo que envolve a tapioca e dá a ela uma crocância peculiar.
Endereço: Estrada do Arraial, 4645, Casa Amarela. Funcionamento: terça a domingo, das 17h às 22h. Cartões: Master, Visa, Hiper. Informações: 3269.2760
Maria Maria Tapiocaria, Soparia e Artesanato

Em 2008, as irmãs Cynara e Cynthia Pinheiro trouxeram o Maria Maria, lançado em 2005, no Polo Comercial de Caruaru, para Jardim São Paulo. Embora tivesse cardápio variado, a dupla montou apenas três mesas, não acreditando no sucesso que o restaurante conquistaria logo mais. Como previsto, já em 2009, as proprietárias mudaram de endereço, no mesmo bairro, para receber um público maior, de até 150 pessoas, que movimenta o estabelecimento de terça a domingo, sempre a partir das 17h. A fila para entrar no espaço é grande, todo mundo quer mesmo é provar uma ou mais das cem opções de sopa, tapioca, pizza, cuscuz, sanduíches, macaxeira, pamonha e sobremesas, todas bem regionais. A Macaxeira Danado de Bom é a top, com carne de sol desfiada, fatia de queijo coalho, manteiga de garrafa e queijo ralado, fica difícil resistir. Outra pedida certa é o Cuscuz Mercado da Madalena, com carne de sol, queijo coalho, Catupiry e manteiga de garrafa. O espaço é tomado por acessórios como redes e toalhas de chita, ambientes cenográficos e pelo fardamento dos funcionários, vestidos de Lampião e Maria Bonita.
Endereço: avenida Nossa Senhora de Fátima, 255, Jardim São Paulo. Funcionamento: terça a domingo, das 17h às 22h30. Cartões: Hiper e Master. Informações: 3249.1092
Varanda do Galo
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Foto: Igo Bione |
No primeiro andar da sede do maior bloco de Carnaval do mundo, o Galo da Madrugada, é, digamos, folia o ano inteiro com o cardápio caseiro do restaurante Varanda do Galo. O salão é amplo, abriga um palco para os frequentes shows de frevo, e cadeiras coloridas remetendo às sombrinhas de frevo tradicionalíssimas na festa momesca de Pernambuco. À mesa, tempero nordestino para homenagear o rei do lugar. Petiscos e pratos são batizados com nomes de agremiações carnavalescas e personagens da folia. O Elefantes de Olinda, por exemplo, é nome de cabrito guisado, já o Vassourinhas virou cupim no forno, enquanto o Bacalhau do Batata é dobradinha de bacalhau. E nesse encontro de blocos que dura o ano inteiro, ainda tem Os Irresponsáveis, aqui uma rabada com pirão e arroz branco. Galinha de cabidela, pernil de cordeiro e carne de sol no chapa também saem das panelas da casa carnavalesca.
Endereço: Palácio Enéas Freire (Sede do Galo da Madrugada), na rua da Concórdia, 984, São José. Funcionamento: segunda a sexta das 11h às 17h e de sexta a domingo das 10h às 23h. Cartões: Hiper, Visa e Master. Informações: 3224.2899.
Interior de Pernambuco
Bode Assado do Isaías
Há dez opções de restaurantes no Bodódromo de Petrolina, no entanto, um é mais do que comentados, o Bode Assado do Isaías. O disse-me-disse é justificado pela qualidade da carne e dos seus acompanhamentos. O carro-chefe do local, o filé de carneiro na brasa, além do arroz branco, feijão de corda e salada de vinagrete, vem com macaxeira frita e pirão que deixam qualquer nordestino orgulhoso. A simpatia do piauiense Isaías Mororó também é um diferencial para conquistar a clientela. Sempre visto circulando no estabelecimento, o proprietário atende e troca diálogos nas mesas, chamando até clientes pelo nome, deixando todo mundo à vontade. Talvez foram esses fatores que tenham motivado o crescimento do Bode do Isaías. O que começou modesto, tornou-se gigantesco, se comparado com o início do restaurante, que era um quiosque voltado para a venda de espetinhos, no próprio Bodódromo. Atualmente a capacidade é de 280 lugares, com ambiente ao ar livre.
Endereço: avenida São Francisco, Bodódromo, Petrolina. Funcionamento: todos os dias, das 11h até o último cliente. Cartões: Visa, Hiper e Master. Informações: (87) 3864.4249
Churrascaria Nova Ipanema

Em Feira Nova, tenha certeza que ao procurar um lugar para almoçar, o nome da Churrascaria Nova Ipanema, administrado por Marcos e Maria Lúcia, será um dos primeiros citados. Depois do meio-dia, parece que o lugar vira ponto de encontro da pequena cidade. E antes de você pensar no pedido, o garçom já oferece o preferido do público, o clássico galeto. Lá, ele vem acompanhado de arroz, feijão verde, saladas de vinagrete e maionese, e claro, o que não se pode faltar na terra da farinha, farofa. No cardápio da casa, que conta com espaço para receber 118 pessoas, ainda há picanha, carne de sol e maminha, que em poucos minutos são preparados. Pratos servem até três pessoas.
Endereço: avenida Silva Jardim 26, Centro, Feira Nova (próximo à igreja católica). Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h. Cartão: Hiper. Informações: (81) 3645.1503
Churrascaria Sertaneja
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Foto: Igo Bione |
Seu Zé Antônio é dono de um dos restaurantes mais famosos de Sertânia. Mas não espere muito conforto além de cadeiras, mesas e TV em sua churrascaria. Apesar de ser um estabelecimento especializado em churrasco - picanha, maminha, galeto, bode, carne de sol, linguiça - acompanhados de preparos caseiros como cuscuz, vinagrete, feijão mulatinho, macarrão, maionese de batata e purê, a melhor hora para se alimentar por lá é durante a ceia, quando o cardápio muda parcialmente. São incluídos macaxeira cozida, bode guisado, queijo coalho macio assado, pão na chapa, ovo frito, café com leite.
Endereço: avenida Agamenon Magalhães, 123, Centro de Sertânia. Funcionamento: diariamente das 7h às 20h30. Informações: (87) 3841.2407
Curaçá

Com um ano e quatro meses, o Curaçá ainda é novato no Bodódromo. Porém, já chama atenção. Perto da entrada do complexo gastronômico, a escultura de um bode, localizado na porta do estabelecimento, é atrativo para os turistas, que terminam não resistindo e acabam puxando uma cadeira. Em um amplo espaço, com capacidade para 300 pessoas, sendo 200 lugares em área climatizada, o menu da casa oferece mais de trinta pratos, entre eles, aves, peixes, javali, e o que não poderia faltar, bode. O número um do lugar trata-se do pernil desossado ao vinho, que traz 800 gramas de carne de carneiro assados no espeto, feijão tropeiro, purê de macaxeira, salada de vinagrete e farofa. Serve três pessoas. Outra sugestão é o filé de carneiro com arroz piamontese e batata frita, R$ 38,90. O restaurante ainda possui carta de vinhos, com mais de 50 rótulos, ideais para serem harmonizados com o cardápio do local.
Endereço: avenida São Francisco, 6, Areia Branca, Petrolina. Funcionamento: todos os dias, das 11h até o último cliente. Cartões: todos. Tíquete: Visa Vale. Informações: (87) 3864.4601
Maria do Peixe
Ainda em Juazeiro, na Bahia, sob os olhares atentos do pai, Maria José da Silva começou a pescar quando criança, aos sete anos. Mas seu conhecimento não ficou restrito ali. Não satisfeita, tratou logo de aprender a cozinhar, e dividir o seu talento com a filha Lucymaria Siqueira. Devido a sua inquietação, já era esperado que Dona Maria, como é conhecida, tivesse uma cozinha para chamar de sua. Hoje, o restaurante Maria do Peixe é considerado um dos melhores da cidade. Basta entrar no estabelecimento e encontrar algumas placas de reconhecimento que atestam a boa comida do lugar. Mas, para não restar dúvida, por que não provar uma das delícias de lá?
Entre 30 opções de entrada, pratos e sobremesas, o filé de surubim à moqueca é imbatível. Outra dica é o peixe grelhado com alcaparras na manteiga, por R$ 59,80. Os pratos servem duas pessoas e vêm com arroz branco, feijão verde, salada e farofa. O menu pode ser encontrado na "orla" de Petrolina, com proposta dupla de ambiente. A primeira, para 100 pessoas que queiram contemplar ao ar livre a beleza do rio São Francisco. Dentro, mais 100 vagas na área climatizada, que também não abre mão da vista panorâmica para o ponto turístico que separa Pernambuco e Bahia.
Endereço: avenida São Francisco, 6, Areia Branca, Petrolina. Funcionamento: terça a domingo, das 11h às 16h, e das 18h à 0h. Cartões: Visa e Master. Informações: (87) 3864.3982
Moxotó
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Foto: Andréa Rêgo Barros |
Passar horas e horas dentro de uma carro viajando tem lá seus benefícios. Um deles é fazer um pit stop no restaurante Moxotó, um porto seguro que durante 24h oferece comidinha caseira de qualidade. O bufê, bem completo, promete agradar em cheio a quem gosta de culinária nordestina. Cuscuz, macaxeira, guisado e linguiças se misturam aos tradicionais arrumadinho, ovo mexido e queijo de coalho frito. Ponto de parada de caminhoneiros e motoristas de passagem. O restaurante oferece o serviço de self-service durante o café da manhã, almoço e jantar, e nos outros horários é possível pedir os mesmos pratos servidos no bufê a quilo, porém, à la carte.
Endereço: BR 232, KM 258, Arcoverde (dentro do Posto Texaco). Funcionamento: 24h. Serviço de bufê: 5h às 10h, 11h às 16h e das 18h às 24h. Cartões: Hiper, Visa e Master. Informações: (87) 3822.1848
Peixada do Dão

Para quem estiver a caminho do Recife, na BR 232, a Peixada do Dão é parada obrigatória. Para uma pausa na viagem, vale pedir uma das sugestões da casa e relaxar em frente ao lago da Fazenda Itamatamirim, que fica ao lado do estabelecimento, e oferece serviço de pesque e pague. Em um clima que mistura natureza e regionalismo, além das 32 mesas, o restaurante possui adereços de barro, é bem ventilado e cercado por árvores. Já na carta, serve agulhão, dourado, cavalo e pescada amarela. Sucesso de saídas, a peixada à moda da casa vem acompanhada de legumes, peixe, arroz e pirão. A robusta opção serve bem três pessoas.
Endereço: BR 232, Km 38, Vitória de Santo Antão (ao lado da Fazenda Itamatamirim). Funcionamento: todos os dias, das 10h ao último cliente. Informações: (81) 9102.4607
Rinha do Galo

Como o próprio nome faz supor, aqui jaz uma rinha do galo. A aparência da fachada não é nada convidativa, pois o empresário Jaílson Pereira não fez modificações, mas o ambiente interno, quanta diferença, ventiladores sopram todo o ambiente, que abriga mesas e cadeiras razoáveis para o padrão dos estabelecimentos de alimentação de Sertânia. Sua capacidade é de 150 pessoas, contando com a área externa do terraço. A comida é outro ponto positivo. A variedade de carnes é boa: porco, bode assado e guisado, galinha guisada, peixe, bacalhau, camarão ao alho e óleo, carne de sol, linguiça. As porções servem, em média, duas pessoas e vêm guarnecidas com feijão preto, feijão de corda, batata frita, vinagrete, macarrão, arroz, cuscuz e purê.
Endereço: rua dos Guararapes, 4, Centro de Sertânia (perto do Parque de Eventos). Funcionamento: terça a domingo das 10h às 17h. Cartões: Visa, Master, Hiper, Dinners, American Express. Tíquetes: Ticket Restaurante, Vale Restaurante, Gold Card. Informações: (87) 3841.1678
Varanda Restaurante & Pizzaria
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Foto: Andréa Rêgo Barros |
O Varanda tem opções para todos os gostos. O cardápio de pizzas tem os sabores tradicionais (mozarela, calabresa, portuguesa), além da baiana com calabresa moída e nordestina com charque, e é servida nos tamanhos pequeno e grande. Fãs da cozinha nipônica também encontram um menu enxuto de combinados e temakis. Mas como muitos restaurantes de interior, o forte são mesmo as carnes na brasa. Picanha e cordeiro definitivamente são os carros-chefes, servidos sobre chapa fumegante, podendo ser pedidos em porções de 500g ou 800g, e acompanham batata- frita, arroz, feijão, vinagrete e farofa.
Endereço: avenida Euclides Dourado, 450, Heliópolis, Garanhuns. Funcionamento: 11h30 até o último cliente. Sushi a partir das 18h. Realiza entrega em domicílio. Cartões: Hiper, Master e Visa. Informações: (87) 3761.1644
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